25 abril 2017

Minha felicidade chamada PAZ

Sabe a minha cara braba, de nojenta e de grossa que todos sempre afirmaram que eu tenho? É, eu posso até ser realmente tudo isso com quem eu não dei abertura, mas as pessoas se equivocam quando pensam que podem me tratar como se eu fosse a “coração de gelo”, a desapegada, sem sentimentos. Sou não. Eu sinto, sinto até demais.  
Mas quer saber? Não sou responsável pela forma como as pessoas me veem; quem não está interessado vê maldade até nas melhores das intenções e acredite, eu tive a melhor delas. Mas andei refletindo durante todo o dia, como o mundo dá voltas não é mesmo?
Eu nem te via, apenas te lia, criei uma imagem de um rapaz bondoso, carinhoso, sensível no qual percebia minhas qualidades internas sem ao menos conhecer meu externo. Me deixei levar pela imagem que eu mesma criei de você e não é que eu, a rainha do “sei o que tô fazendo” me peguei na dúvida?
Mas que bom que o mundo dá voltas... Sempre fui muito segura de mim mesma, sempre acreditei no meu potencial, sempre fui querida na roda de qualquer lugar que eu chego, sorriso fácil, abraço apertado, doses de autoestima e me peguei querendo provar para você o quanto você gosta de mim, como pode isso? Eu perdi o controle de tudo, perdi o controle do que seria seu papel e o tomei como meu.
Hoje, você se tornou supérfluo diante das minhas metas e ideais, você não passa de uma imagem barata vendida nas redes sociais, não me interesso mais pelo que você tem a dizer, tudo balela, não passa de alguém querendo atenção.
Hoje cheguei em casa, tomei um banho, sair e nunca me senti tão bonita. Tinha esquecido como elogios me fazem bem, mas percebi isso longe de você. Não devia ser o contrário?
Você teve razão quando disse: fizemos a escolha certa na hora errada. A gente se deixou levar demais, na verdade eu me deixei levar demais.
Foi muito esforço pra pouca recompensa. Muita cobrança pra pouca consideração. Muita expectativa pra pouca reciprocidade. Não devia ser o contrário?
Mudei muito para que você me aceitasse, achando que estava mudando por nós dois, mas no fundo eu só queria te agradar, mas como se nem eu me orgulhava de mim? Acordar com uma ressaca moral e achar que tinha sido divertido tê-lo visto fazer tanta “merda” só para esconder algo que nem você mesmo sabe o que é, passou longe de ser saudável.
Eu sei que o mereço, havia esquecido disso também. Mas que bom que o mundo dá voltas não é mesmo?
Uma hora a fixa cai, sempre acreditei que poderia demorar mas uma hora eu achava o caminho de volta, nunca tive medo de desistir, achar que é fracasso nunca foi meu modo de enxergar a vida, desistir também é aprendizado, conhecimento e eu posso abraçar o mundo e ver o leque de possibilidades que ele me oferece, mesmo que para isso eu precise voltar duas casas no tabuleiro.  Refleti muito sobre o que é comodismo, carência e eu nunca precisei estar com alguém que me coloca pra baixo, que menospreza minhas vontades só para não estar sozinha, nunca. Então, que bom que esse mundão de meu Deus dá voltas e eu finalmente voltei a minha felicidade...
...a minha felicidade é aquela que se chama PAZ!

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